sexta-feira, 15 de maio de 2020

Vento caxinguelê

Corre suave o vento sobre
as folhas banhadas de sol.

E que depois nas tampas
dos morros se põe
lentamente.

O vento,
invade os cômodos
de uma casa velha.

Vasculha de
um canto a outro
e refresca a
quietude alerta
das aranhas.

Passa,
como se não passasse,
pelos distraídos que
assistem à televisão.

E qual um menino,
de um lugar a outro,
brinca.

Bem longe,
escuta-se:
Vento, vento
caxinguelê
cachorro do mato
quer me morder.

Espanta-te alma
que filosofa e vê?

São os meninos
que se divertem
sob o colorido mágico
das pipas que
empinam no céu.

Vento, vento caxinguelê...

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