terça-feira, 6 de agosto de 2019

Olhar

Nasce o dia,
é manhã.

A lenta luz do sol,
que cai sobre as
linhas silenciosas
das vastas montanhas,
faz-se imensa.

E os olhos misturam-se
a tudo.

E tudo agora
é só olhar.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Vento, vento...


Numa brisa suave
sopra o vento sobre as
folhas banhadas de sol.

O vento, sem que se saiba
de onde vem e nem pra onde vai,
invade os cômodos de uma velha casa.

Vasculha de um canto a outro
e refresca a quietude alerta
das aranhas.

Passa...

Como se não passasse
pelos que assistem à televisão.

E qual um menino brinca

com as folhas,
com a quietude,
e os distraídos.

Sendo o sopro do espírito
mesmo que esquecido,
escuta-se porém entre
os pequeninos:

Vento, vento
caxinguelê
cachorro do mato
quer me morder.

São estes que se divertem
com o vento e o colorido mágico
das pipas que empinam no céu.

Vento, vento
caxinguelê...