sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Vento, vento...


Numa brisa suave
sopra o vento sobre as
folhas banhadas de sol.

O vento, sem que se saiba
de onde vem e nem pra onde vai,
invade os cômodos de uma velha casa.

Vasculha de um canto a outro
e refresca a quietude alerta
das aranhas.

Passa...

Como se não passasse
pelos que assistem à televisão.

E qual um menino brinca

com as folhas,
com a quietude,
e os distraídos.

Sendo o sopro do espírito
mesmo que esquecido,
escuta-se porém entre
os pequeninos:

Vento, vento
caxinguelê
cachorro do mato
quer me morder.

São estes que se divertem
com o vento e o colorido mágico
das pipas que empinam no céu.

Vento, vento
caxinguelê...

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