quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Vento caxinguelê

Corre suave o vento sobre
as folhas banhadas do sol de verão.
E elas, em um balanço quieto,
vêm e vão.

Desarranja os cabelos da moça.
E ela certa de que os acertou,
desarranja-os ainda mais.
Deixa!

Ao mesmo tempo,
invade os cômodos
de uma casa velha, digo assim.
Vasculha de um canto a outro
e refresca a quietude alerta
das aranhas.
Também passa,
como se não passasse,
pelos distraídos que assistem
à televisão.

Entra e sai.
Vem e vai.

Qual um menino de um
lugar a outro,
e como tal brinca
com as folhas e
com os cabelos
das moças e
dos moços.

De longe,
escuta-se, que tempo,
meu Deus!
– Vento, vento
caxinguelê
cachorro do mato
quer me morder.

Ah! São os meninos
que se divertem
sob o colorido mágico
das pipas que
empinam no céu.

– Vento, vento...

2 comentários:

Anônimo disse...

Oh Capitão! Meu capitão! (Walt Whitman

Oh capitão! Meu capitão! nossa viagem
[medonha terminou;
O barco venceu todas as tormentas,
[o prêmio que perseguimos foi ganho;
O porto está próximo, ouço
[os sinos, o povo todo exulta,
Enquanto seguem com o olhar a quilha firme,
[o barco raivoso e audaz:

Mas oh coração! coração! coração!
Oh gotas sangrentas de vermelho,
No tombadilho onde jaz meu capitão,
Caído, frio, morto.

Oh capitão! Meu capitão! erga-se
[e ouça os sinos;
Levante-se – por você a bandeira dança – por
[você tocam os clarins;
Por você buquês e fitas em grinaldas -
[por você a multidão na praia;
Por você eles clamam, a reverente multidão
[de faces ansiosas:

Aqui capitão! pai querido!
Este braço sob sua cabeça;
É algum sonho que no tombadilho
Você esteja caído, frio e morto.

Meu capitão não responde, seus lábios
[estão pálidos e silenciosos
Meu pai não sente meu braço, ele não
[tem pulsação ou vontade;
O barco está ancorado com segurança
[e inteiro, sua viagem finda, acabada;
De uma horrível travessia o vitorioso barco
[retorna com o almejado prêmio:

Exulta, oh praia, e toquem, oh sinos!
Mas eu com passos desolados,
Ando pelo tombadilho onde jaz meu capitão,
caído, frio, morto.

Jean disse...

Olha que absurdo França.
Ainda bem que depois da carta aceitaram.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=1VzcRWxvNXg

abraço!