segunda-feira, 18 de junho de 2012

Porto Alegre



Ao caminhar até a porta,
ficou algo, ouviste?

É já o tempo ido.,
amor.

Qual não!

Vi teus olhos após
e nestes se anunciava,
através dos meus,
a partida.

Caminhamos
até a estação.

Lá, me despedindo,
olhei para trás
e soprei-te um beijo,
como se vento fosse.

E quando já
não te via mais,
voltei.

Mas, naquele lugar de espera,
só restava a lembrança
de te ver em pé,
vendo-me partir.

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