"Porque, a meu ver, lhe falei, o que tem de ser feito não espera pela disposição do trabalhador, sendo de necessidade que este se dedique seriamente ao seu ofício, em vez de considerá-lo mero passatempo." (Platão, A República, 370 c)
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Jesus, Alegria dos Homens
domingo, 12 de fevereiro de 2017
sábado, 11 de fevereiro de 2017
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
Uma passagem IV
"A chatice me livra da acusação que mais lamento; a acusação de ser superficial. Mera sofisticação superficial é o que desprezo acima de tudo, e talvez um fato salutar que é disso que geralmente sou acusado."
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
Uma passagem III
"Eu sou o homem que com a máxima ousadia descobriu o que já fora descoberto antes."
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
CONCUBINA CHINESA PLANEJA DAR ADEUS AO PADRÃO DE BELEZA AMERICANA
Texto publicado no G1 intitulado IMPÉRIO
CHINÊS DO CINEMA fala do interesse da China em investir em sua própria indústria
cinematográfica. Não farei nenhum comentário à matéria jornalística, mas
observações à margem.
O cinema é o grande produto de
exportação cultural dos EUA e ainda um significativo gerador de riqueza.
Um filme, mesmo décadas após sua produção haver se encerrado,
continua rendendo dividendos, seja por exibição na televisão (países de regime
mais fechado econômica e politicamente demoram a exibir os filmes), seja por
meio de licenciamento de subprodutos (gibis, camisetas, brinquedos etc).
Até hoje o cinema americano soube fagocitar os concorrentes e
"americanizar" as produções estrangeiras que ofereciam algum embaraço
na disputa da bilheteria.
Sem estender nos exemplos, recentemente isso ocorreu com.os
remakes
americanos de J-HORROR (O CHAMADO e O GRITO são os mais famosos, mas não os
únicos).
No passado fizeram o mesmo com o giallo (um segmento do
cinema italiano surgido na década de 70 e criador dos serial
killers [slasher movies], que fariam sucesso no cinema americano dos
anos 80 com Jason do SEXTA FEIRA 13 ou Fred Kruger da HORA DO PESADELO).
Aqui
se tratou de uma apropriação estética e temática, não de refilmagem, como no
exemplo anterior.
O subgênero citado acima foi criação de caras como Mario Bava,
Lucio Fulci e Dario Argento (que já trabalhou em parceria com o George Romero,
criador do marco de filmes sobre zumbi, NIGHT OF THE LIVING DEAD), entre vários
outros. (Uma curiosidade: o Lucio Fulci em ZOMBIE é o responsável por uma das
cenas mais famosa entre os fãs de filme de horror. A cena do “olho”.)
Também fizeram isso com o cinema expressionista alemão, com a nouvelle
vague francesa etc etc.
Obviamente os EUA deram contribuições importantes à linguagem
cinematográfica. O faroeste, ressalvando que há os clássicos spaghetti
(Sergio Leone se destaca), é subgênero tipicamente americano e contou com
diretores do primeiro time como Sam Peckinpah (um dos favoritos do Tarantino).
A importância, não só estética como comercial do giallo,
salta aos olhos quando vemos que um filme de 1980, CANNIBAL HOLOCAUST, do
Ruggero Deodato, inaugurou o chamado de mockmentary (falso documentário de
horror). Apesar de ser bem mais pesado que A BRUXA DE BLAIR a estrutura básica
do roteiro deste foi copiada daquele. No mínimo, “inspirada”.
Bem, tudo isso é para dizer que se a China resolver realmente
investir pesado na indústria cinematografia, além da guerra comercial agressiva
que produzirá, haverá consequências estéticas, pois nesse campo os americanos
sempre se mantiveram na dianteira pela facilidade com a qual assimilam a produção
externa, incorporando e naturalizando os elementos alienígenas, obtendo como resultado
a produção de filmes com uma linguagem tributária das lições estrangeiras, no
entanto, com sotaque americano e mais palatável ao grande público.
A briga promete. Resta-nos escolher a poltrona e pegar a pipoca.
Uns óculos 3D não são má pedida.
Assinar:
Postagens (Atom)