Há pouco estava lendo uma
reportagem publicada no jornal O Globo sobre o aproveitamento do Brasil no
ranking de educação. A matéria de capa foi: “PAÍS AVANÇA, MAS AINDA ESTÁ ENTRE OS PIORES.”
O Brasil encontra-se na seguinte
colocação: 58°, dos 65 países participantes. Segundo a matéria, fora o país
cujo desempenho em matemática foi o melhor junto aos países avaliados entre os
anos 2003 a 2012.
Ora, se os alunos tiveram maior
desempenho no período retromencionado, este desempenho só se dá em relação a
todos os países participantes. Sendo assim, os primeiros lugares avançaram para
aonde? Os que igualmente ficaram acima do Brasil, avançaram para aonde? Em
outros termos, se há ainda para aonde avançar, os países com desempenho melhor
que o Brasil avançaram quanto, visto que estão nas melhores colocações! E, por
outro lado, se os alunos brasileiros obtiveram melhor desempenho, é lógico que
este desempenho está muito aquém do desempenho de outros alunos de outros
países, senão o país não haveria de ficar na vergonhosa 58° posição.
Avança como? Se o país encontra-se
entre os piores no ranking, distante apenas do último colocado sete posições. Só
pelo simples aumento de 35 pontos na média de matemática? Sinceramente, não faz
nem cócegas, se fizesse não ficava na posição que ficou, ou seja, na miserável 58°.
Tenha paciência.
Ademais, a matéria fez-me lembrar
do senhor Galvão Bueno gritando na TV: Rubens Barrichello cruuuza a linha de
chegaaada em terceiiiro lugaar. Após, a vinheta: Brasiiiil.
Encerrando, não me recordo agora se
foi Blaise Pascal, mas li algo assim (cito de cabeça): Colocamos um tapume nos
olhos e caminhamos para o abismo sem saber que estamos caminhando para ele.
Um comentário:
muito bem observado
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